Endemia de arboviroses em Goiás: relação entre prevalência e hospitalização

Autores

  • Lara Cristina Rosa enf.laracristina@gmail.com
    UNIFASAM
  • Grazielle Rosa da Costa e Silva grazielle.13@hotmail.com
    UNIFASAM
  • Mayara Maria Souza de Almeida maymsalmeida@hotmail.com
    UNIFASAM
  • Sara Oliveira Souza sara.souza@fasam.edu.br
    UNIFASAM
  • Ângela Gilda Alves angela.alves@fasam.edu.br
    UNIFASAM
  • Thaynara Lorrane Silva Martins thaynara3@hotmail.com
    UNIFASAM

DOI:

10.24276/rrecien2024.14.42.122131

Palavras-chave:

Infecções por Arboviroses, Hospitalização, Prevalência

Resumo

Arboviroses são doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt, sendo as três principais: dengue, zika e chikungunya. As epidemias por arbovírus geram sobrecargas nos serviços de saúde, e na economia do país. O objetivo deste trabalho foi descrever os períodos de prevalência das arboviroses na região Centro Oeste do Brasil correlacionando com os períodos de maior taxa de ocupação hospitalar nessa região. Trata-se de um estudo descritivo de casos confirmados na região de Goiás notificados no sistema DATASUS, assim como a taxa de internação de 2017 a 2022. Diante dos dados, observa-se que a arbovirose mais prevalente nestes anos foi a Dengue com 456.007 casos notificados, o ano com o maior número de notificações foi 2022 com 46,1%. Apesar de alguns meses contarem com maior quantidade de casos de arboviroses que outros, não foram observadas alterações significativas no número total internações. Ainda que a quantidade de casos de dengue, zika e chikungunya seja maior nos meses de fevereiro a junho, a quantidade de internações totais nos mesmos meses não apresentam grandes alterações. Isso ocorre, devido a disponibilização de leitos para internações ser fixa, independentemente do número de casos de determinada doença.

Descritores: Infecções por Arboviroses, Hospitalização, Prevalência.

 

Arbovirus endemic in Goiás: relationship between prevalence and hospitalization

Abstract: Arboviruses are diseases transmitted by the Aedes aegypt mosquito, the three main ones being: dengue, zika and chikungunya. Arbovirus epidemics create overloads on health services and the country's economy. The objective of this work was to describe the periods of prevalence of arboviruses in the Central-West region of Brazil, correlating with the periods of highest hospital occupancy rate in this region. This is a descriptive study of confirmed cases in the Goiás region reported in the DATASUS system, as well as the hospitalization rate from 2017 to 2022. Given the data, it is observed that the most prevalent arbovirus in these years was dengue with 456,007 cases reported, the year with the highest number of notifications was 2022 with 46.1%. Although some months had a greater number of arbovirus cases than others, no significant changes were observed in the total number of hospitalizations. Even though the number of dengue, zika and chikungunya cases is higher in the months of February to June, the number of total hospitalizations in the same months does not show major changes. This occurs because the availability of beds for hospitalizations is fixed, regardless of the number of cases of a given disease.

Descriptors: Arbovirus Infections, Hospitalization, Prevalence.

 

Arbovirus endémico en Goiás: relación entre prevalencia y hospitalización

Resumen: Los arbovirus son enfermedades transmitidas por el mosquito Aedes aegypt, siendo las tres principales: dengue, zika y chikungunya. Las epidemias de arbovirus crean sobrecargas en los servicios de salud y la economía del país. El objetivo de este trabajo fue describir los períodos de prevalencia de arbovirus en la región Centro-Oeste de Brasil, correlacionándolos con los períodos de mayor tasa de ocupación hospitalaria en esa región. Se trata de un estudio descriptivo de los casos confirmados en la región de Goiás reportados en el sistema DATASUS, así como de la tasa de hospitalización de 2017 a 2022. Teniendo en cuenta los datos, se observa que la arbovirosis más prevalente en estos años fue el Dengue con 456.007 casos reportados. , el año con mayor número de notificaciones fue 2022 con un 46,1%. Aunque algunos meses tuvieron mayor número de casos de arbovirosis que otros, no se observaron cambios significativos en el número total de hospitalizaciones. Si bien el número de casos de dengue, zika y chikungunya es mayor en los meses de febrero a junio, el número de hospitalizaciones totales en esos mismos meses no muestra mayores cambios. Esto ocurre porque la disponibilidad de camas para hospitalizaciones es fija, independientemente del número de casos de una determinada enfermedad.

Descriptores: Infecciones por Arbovirus, Hospitalización, Predominio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Mikaty G, Matheus S, Donoso Mantke O, McCulloch E, Zeichhardt H, Manuguerra JC, et al. Evaluation of the diagnostic capacities for emerging arboviral diseases in the international network MediLabSecure from 2014 to 2018 - Importance of external quality assessments. Journal of Infection and Public Health. 2022; 15(2):203-9.

Kalichamy A, Patil P, Kaushik M, Sukanta C, Joshi RK, Hegde HV, et al. In Vitro Antiviral Activity of Potential Medicinal Plant Extracts Against Dengue and Chikungunya Viruses. Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. 2022; 7 (12).

Brasil. Portaria no - 204, de 17 de fevereiro de 2016. Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt0204_17_02_2016.html>. Acesso em: 13 abr 2022.

Donalisio MR, Freitas ARR, Zuben APBV. Arboviruses emerging in Brazil: challenges for clinic and implications for public health. Rev Saúde Pública. 2017; 51(0).

Estofolete CF, Oliveira Mota MT, Bernardes Terzian AC, Aguiar Milhim BHG, Ribeiro MR, Nunes DV, et al. Unusual clinical manifestations of dengue disease – Real or imagined? Acta Tropica. 2019; 199:105134.

Nunes PB, Agostinho MR. Caso Araraue: Dengue. repositorioufcspaedubr. 2018. Disponível em: <https://repositorio.ufcspa.edu.br/items/e52d e086-5cf6-4cc9-8e6f-ddf411d7ad27>. Acesso em 13 fev 2023.

Leal N, Corrêa APV, Cavalcante LF, Santos AR, Uehara SCSA. Conhecimento dos enfermeiros sobre acolhimento dos casos suspeitos de dengue. Rev Recien. 2022; 12(37):153-62.

Leal N, Arantes HO, Uehara SCSA. Assistência dos enfermeiros aos usuários com suspeita de dengue. 2021. Disponível em: <http://www.copictevento.ufscar.br/index.php/ictufscar2020/ict2020/paper/view/9178>. Acesso em: 23 jun 2022.

Sippy R, Farrell DF, Lichtenstein DA, Nightingale R, Harris M, Toth J, et al. Severity Index for Suspected Arbovirus (SISA): Machine learning for accurate prediction of hospitalization in subjects suspected of arboviral infection. PLOS Neglected Tropical Diseases. 2020; 14(2):e0007969-9.

Oliveira DL, Silva YS, Naves JS, Júnior GM, Gonçalves PHD, Silva BCR, et al. Custo das internações por dengue no estado de Goiás, no período de 2016 a 2018. Brazilian Journal of Development. 2020; 6(5):30695-7.

Vanzella E. População idosa brasileira e da cidade do Rio de Janeiro: um estudo de projeções para as internações hospitalares. 2023. Disponível em: <https://www.ufpb.br/gcet/contents/docume ntos/repositorio-gcet/artigos/populacao_idosa_br asileira_e_da_cidade_d.pdf>. Acesso em 13 abr 2023.

Salud OPla. Control del Aedes aegypti en el escenario de transmisión simultánea de COVID-19. Directrices provisionales, versión 1 (21 de abril del 2020). irispahoorg. 2020. Disponível em: <https://iris.paho.org/handle/10665.2/52020>. Acesso em 23 dez 2022.

Viana DV, Ignotti E, Viana DV, Ignotti E. The ocurrence of dengue and weather changes in Brazil: A systematic review. Rev Bras Epidemiologia. 2013; 16(2):240-56.

Andrino LM, Cruz BCP, Oliveira JPG, Amâncio NFG. Fatores socioambientais e sua relação com arboviroses. In: MOLIN RS. Saúde Em Foco: Doenças emergentes e reemergentes. São Paulo: Editora Científica Digital. 2021; 261-1730.

Boston HA. Chikungunya, Climate Change, and Human Rights. Health and Human Rights Journal. 2014. Disponível em: <https://www.hhrjournal. org/2014/07/chikungunya-climate-change-and-hu man-rights-2>. Acesso em 30 out 2022.

Ferreira AC, Chiaravalloti NF, Mondini A. Dengue em Araraquara, SP: epidemiologia, clima e infestação por Aedes aegypti. Rev Saúde Pública. 2018; 52:18.

Silva M, Castro M, Travassos B E Marilia C, Carvalho S. Efeito da oferta de serviços de saúde no uso de internações hospitalares no Brasil Impact of health services delivery on hospital admission utilization in Brazil. Rev Saúde Pública. 2005; 39(2):277-84.

Zaparoli ICVB, Kozusny-Andreani DI, Vazquez GH, Zaparoli RE, Ramos EB, Vanzela LS. Resposta dos casos de dengue em função do clima no estado de São Paulo. Brazilian Journal of Development. 2021; 7(3):28572-87.

Oliveira ACR, Pires MLP, Propércio JS, Pinto FNP. Análise da prevalência de internações por dengue no estado do tocantins entre 2017 e 2022. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. 2023; 27(6):2678-98.

Souza Jr JL, Teich VD, Dantas ACB, Malheiro DT, Oliveira MA, Mello ES, et al. Impacto da pandemia da COVID-19 no volume de atendimentos no pronto atendimento: experiência de um centro de referência no Brasil. Einstein (São Paulo). 2021; 19:eAO6467.

Larissa SB, Jhennifer GB, Rossa R, Tognollo R, Sônia SM, Sueli MTI. Procurando o hospital durante a pandemia de COVID-19: perspectivas dos pais e cuidadores de crianças adoecidas. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. 2023; 27(7):3899-916.

Araujo KLR, Aquino ÉC, Silva LLS, Ternes YMF. Fatores associados à síndrome respiratória aguda grave em uma Região Central do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2020; 25(suppl 2):4121-30.

Assis ARCF, Silva BN, Gomes JG, Oliveira MA. Impacto da pandemia da COVID-19 sobre as notificações das Doenças Febris Agudas em um Hospital de Referência em Infectologia em Goiás. Research, Society and Development. 2023; 12(4):e7412440929-e7412440929.

Goiás (Estado) Protocolo de Regulação de Internação e de Urgência e Emergência Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad – HDT. Secretaria Estadual de Goiás. Superintendência de Regulação, Controle e Avaliação- SUREG. 2023. Disponível em: <https://www.saude.go.gov.br/files//regulacao_estadual/protocolos-regulacao-acesso-internacao-ur gencia-emergencia/Hospital%20Estadual%20de%2 0Doen%C3%A7as%20Tropicais%20Dr.%20Anuar%20Auad%20-%20HDT.pdf> Acesso em: 10/2023.

Publicado

23-02-2024
Métricas
  • Visualizações 0
  • pdf downloads: 0

Como Citar

ROSA, L. C. .; SILVA, G. R. da C. e .; ALMEIDA, M. M. S. de .; SOUZA, S. O. .; ALVES, Ângela G. .; MARTINS, T. L. S. . Endemia de arboviroses em Goiás: relação entre prevalência e hospitalização. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 14, n. 42, p. 122–131, 2024. DOI: 10.24276/rrecien2024.14.42.122131. Disponível em: https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/827. Acesso em: 1 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos