Papel do enfermeiro extra-hospitalar na abordagem à criança com convulsões
DOI:
10.24276/rrecien2023.13.41.186-197Palavras-chave:
Criança, Convulsões, Enfermeiros, Assistência Pré-HospitalarResumo
As convulsões constituem uma emergência neurológica frequente em idade pediátrica, podendo resultar de uma complicação aguda. A convulsão pode estar associada a um mau prognóstico e exige intervenção imediata, sendo extremamente relevante a atuação do enfermeiro no contexto de ambulância de Suporte Imediato de Vida, enquanto líder de equipa deste meio. Refletir sobre a abordagem à criança em convulsão, tendo em conta o papel do enfermeiro em contexto extra-hospitalar. A equipa foi ativada para uma vítima feminina, 4 anos de idade, com alteração do estado de consciência. A avaliação inicial confirmou a criticidade da vítima e a hipótese de convulsão. O desafio foi definir o tipo de convulsão e identificar a causa provável. A prática baseada na evidência, humanitude e responsabilidade profissional são esteios que o enfermeiro deve estar imbuído, acrescentando valor ao cuidado à criança em convulsão e contribuindo assim para melhores resultados em saúde.
Descritores: Criança, Convulsões, Enfermeiros, Assistência Pré-Hospitalar.
The role of nurses in the prehospital management of children with epileptic seizures
Abstract: Epileptic seizures are a frequent neurological emergency in paediatric patients, potentially resulting from an acute complication. Seizures may be associated with poor outcomes and require immediate intervention, with nurses in immediate life support ambulances playing a key role as team leaders in this setting. To discuss the approach to epileptic seizures in paediatric patients, taking into account the role of nurses in the prehospital context. The team was activated to attend a 4-year-old girl with altered level of consciousness. Initial assessment confirmed the patient’s critical status and the suspicion of epileptic seizure. The father was concerned and hindered the performance of nursing interventions. The challenge was establishing seizure type and identifying the most likely cause. Evidence-based practice, humanity, and professional responsibility are fundamental to nursing practice in the prehospital setting, adding value to the care of the child with seizures and, as a result, contributing to better health outcomes.
Descriptors: Child, Seizures, Nurses, Prehospital Care.
Papel del enfermero en el manejo del paciente pediátrico con crisis epilépticas
Resumen: Las crisis epilépticas son una emergencia neurológica frecuente en edad pediátrica y pueden resultar de una complicación aguda. Las crisis pueden estar asociadas a un mal pronóstico y requieren una intervención inmediata, teniendo el enfermero un papel extremadamente relevante en cuanto líder de equipo en el contexto de las ambulancias de soporte vital inmediato. Reflexionar sobre el acercamiento al niño con crisis convulsivas, teniendo en cuenta el papel del enfermero en el contexto extrahospitalario. Se activó el equipo para atender a una paciente de 4 años de edad con alteración del nivel de conciencia. La evaluación inicial confirmó el estado crítico de la paciente y la sospecha de crisis epiléptica. El padre estaba asustado y dificultó la realización de las intervenciones de enfermería. El desafío ha sido establecer el tipo de crisis y la causa más probable. La práctica basada en evidencia, la humanidad, y la responsabilidad personal son pilares fundamentales de la enfermería extrahospitalaria, añadiendo valor a los cuidados al niño con crisis convulsivas y, por tanto, contribuyendo la mejora de los resultados en salud.
Descriptores: Niño, Crisis Epilépticas, Enfermeros, Cuidados Extrahospitalarios.
Downloads
Referências
Fine A, Wirrell EC. Seizures in children. Pediatr Rev. 2020; 41(7):321-47.
NICE. NICE guideline: Epilepsies in children, young people and adults final scope. 2019.
England MJ, Liverman CT, Schultz AM, Strawbridge LM. Epilepsy across the spectrum: promoting health and understanding. Washington: National Academies Press. 2012; 1-537.
Minardi C, Minacapelli R, Valastro P, Vasile F, Pitino S, Pavone P, et al. Epilepsy in children: from diagnosis to treatment with focus on emergency. J Clin Med. 2019; 8(1):39.
Fisher RS, Cross JH, French JA, Higurashi N, Peltola J, Roulet E, et al. Operational classification of seizure types by the international league against epilepsy: position paper of the ilae commission for classification and terminology. Epilepsia. 2017; 4(58):522-30.
WHO. Epilepsy: A Public Health Imperative. Vol. 1. Geneva: World Health Organization. 2019.
Carvalho JN, Martins M, Pereira C, Robalo C, Carrilho I, Monteiro JP. Abordagem ao estado de mal convulsivo em idade pediátrica. Sinapse. 2020; 20(September):113-20.
Mendes TPGP. A Família no contexto da epilepsia pediátrica: resultados e processos de adaptação de crianças com epilepsia e seus pais. Universidade de Coimbra. 2018.
Riley DS, Barber MS, Kienle GS, Aronson JK, von Schoen-Angerer T, Tugwell P, et al. CARE guidelines for case reports: explanation and elaboration document. J Clin Epidemiol. 2017; 89:218-35.
DFEM. Normas de elaboração do caso clínico - instruções aos formadores. 2021.
Fisher RS, Cross JH, D’Souza C, French JA, Haut SR, Higurashi N, et al. Instruction manual for the ILAE 2017 operational classification of seizure types. Epilepsia. 2017; 58(4):531-42.
Glauser T, Shinnar S, Gloss D, Alldredge B, Arya R, Bainbridge J, et al. Evidence-based guideline: treatment of convulsive status epilepticus in children and adults: report of the guideline committee of the american epilepsy society. Epilepsy Currents. 2016; 16:48-61.
Trinka E, Cock H, Hesdorffer D, Rossetti AO, Scheffer IE, Shinnar S, et al. A definition and classification of status epilepticus - report of the ILAE task force on classification of status epilepticus. Epilepsia. 2015; 56(10):1515-23.
Wagner JL, Smith G, Ferguson P. Self-efficacy for seizure management and youth depressive symptoms: Caregiver and youth perspectives. Seizure. 1 de Junho de 2012;21(5):334-9.
Ciccone O, Mathews M, Birbeck GL. Management of acute seizures in children: A review with special consideration of care in resource-limited settings. African J Emerg Med. 2017; 7:S3-9.
Trinka E, Kälviäinen R. 25 Years of advances in the definition, classification and treatment of status epilepticus. Seizure. 2017; 44:65-73.
Ministério da Saúde. Despacho n. 14898/2011. Diário da República, 2a série - N. 211 Portugal; 2011; 2-3.
Ordem dos Enfermeiros. Regulamento n.o226/2018: Regulamento da Competência Acrescida Diferenciada em Emergência Extra-Hospitalar. Portugal: Diário da República, 2ª série - N. 74 - 16 de abril de 2018; 10758-64.
Nunes L, Amaral M, Gonçalves R. Código Deontológico do Enfermeiro: dos comentários à Análise de Casos. OE. Lisboa. 2005.
Pina J, Veiga-Branco MA, Cunha M, Duarte J, Silva C. Questionário de eficácia clínica e prática baseada em evidências: análise fatorial confirmatória em uma amostra de enfermeiros. Millenium. 2020; 2(5):137-45.
Valente M, Catarino R, Fonseca P, Félix M, Abecassis F, Metello J. Emergências pediátricas e obstétricas. 1a. INEM, editor. 2012.
Society of Trauma Nurses. ATCN - Advanced trauma course for nurses - manual do curso de alunos. 8a. Society of Trauma Nurses, editor. Lexington. 2008.
Elvas I, Conceição AC, Valente M, Catarino R, Manuel J, Ghira M, et al. Abordagem à vítima. INEM. 2012; 1-122.
WHO. mhGAP Intervention guide for mental, neurological and substance use disorders in non-specialized health settings. WHO Library Cataloguing-in-Publication Data. 2016.
INEM. Protocolo Ambulância SIV - Convulsões. Em: Protocolos Ambulância SIV. 2013; 1-8.
DGS. Norma DGS n. 001/2017: Comunicação eficaz na transição de cuidados de saúde. Direção Geral da Saúde 2017. Disponível em: <https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0012017-de-08022017-pdf.aspx>.
Jones C, Reilly C. Parental anxiety in childhood epilepsy: a systematic review. Epilepsia. 2016; 57:529-37.
Ferro MA, Avison WR, Karen Campbell M, Speechley KN. The impact of maternal depressive symptoms on health-related quality of life in children with epilepsy: a prospective study of family environment as mediators and moderators. Epilepsia. 2011; 52:316-25.
Publicado
- Visualizações 0
- pdf downloads: 0