Caracterizando a violência obstétrica
DOI:
10.24276/rrecien2022.12.40.167-177Palavras-chave:
Violência, Violência Obstétrica, Parto Humanizado, Cuidados de EnfermagemResumo
Caracterizar a VO por meio do documentário “O renascimento do parto”. Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa a partir dos relatos presentes na trilogia “O Renascimento do Parto”. Violência verbal, desrespeito ao protagonismo feminino e manipulação foram às situações frequentes de violência obstétrica nos relatos, negligenciando o direito da mulher e transformando o parto em um procedimento motorizado e desrespeitoso tanto para a parturiente quanto para o bebê, ocasionando consequências diversas e, muitas vezes irreversíveis, tais como transtornos comportamentais, confusões, traumas, inseguranças, transformando um evento potencialmente inesquecível, biológico e natural em algo aterrorizante, traumático e desumano. O profissional de enfermagem, junto a sua equipe precisa proporcionar um ambiente de total acolhida, desde o momento do pré-natal à hora do parto e acompanhamento puerperal. O olhar humano e visão holística devem predominar e serem cultivados pelos mesmos, respeitando e priorizando as emoções e sentimentos da mulher.
Descritores: Violência, Violência Obstétrica, Parto Humanizado, Cuidados de Enfermagem.
Characterizing obstetric violence
Abstract: To characterize OV through the documentary “The rebirth of childbirth”. Exploratory research with a qualitative approach based on the reports present in the trilogy “The Renaissance of Childbirth”. Verbal violence, disrespect for female protagonism and manipulation were the frequent situations of obstetric violence in the reports, neglecting women's rights and transforming childbirth into a procedure motorized and disrespectful for both the mother and the baby, causing diverse and often irreversible consequences, such as behavioral disorders, confusions, traumas, insecurities, transforming a potentially unforgettable, biological and natural event into something terrifying, traumatic and inhumane. Nursing professionals, along with their team, need to provide an environment of total welcome, from the moment of prenatal care to the time of delivery and postpartum follow-up. The human look and holistic vision should predominate and be cultivated by them, respecting and prioritizing women's emotions and feelings.
Descriptors: Violence, Obstetric Violence, Humanizing Delivery, Nursing Care.
Caracterización de la violencia obstétrica
Resumen: Caracterizar a VO a través del documental “El renacimiento del parto”. Investigación exploratoria con enfoque cualitativo a partir de los relatos presentes en la trilogía “El renacimiento del parto”. La violencia verbal, la falta de respeto al protagonismo femenino y la manipulación fueron las situaciones frecuentes de violencia obstétrica en los relatos, descuidando el derecho de la mujer y transformando el parto en un procedimiento motorizado e irrespetuoso tanto para la madre como para el bebé, provocando distintas consecuencias y, a menudo, irreversibles. , como trastornos de conducta, confusiones, traumas, inseguridades, transformando un evento potencialmente inolvidable, biológico y natural en algo aterrador, traumático e inhumano. Los profesionales de enfermería, junto con su equipo, necesitan brindar un ambiente de total acogida, desde el momento de la atención prenatal hasta el momento del parto y seguimiento posparto. La mirada humana y la visión holística deben predominar y ser cultivadas por ellos, respetando y priorizando las emociones y sentimientos de las mujeres.
Descriptores: Violencia, Violencia Obstétrica, Nacimiento Humanizado, Atención de Enfermería.
Downloads
Referências
Lansky S. Violência obstétrica: influência da exposição sentidos do nascer na vivência das gestantes. Ciência Saúde Coletiva. 2019; 24(8):2811-2823.
Menezes FR. O olhar de residentes em enfermagem obstétrica para o contexto da violência obstétrica nas instituições. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2020; 24(e180664):1-14.
Souza JB. Parto humanizado e o direito da escolha: análise de uma audiência pública no Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde. 2020; 27(4):1169-1186.
Oliveira MSS. Vivências de violência obstétrica experimentadas por parturientes. ABCS Health Sci. 2019; 44(2):114-119.
Albuquerque A, Oliveira LGSM. Violência obstétrica e direitos humanos dos pacientes. Rev CEJ. 2018; 22(75):36-50.
Sens MM, Stamm AMNF. A percepção dos médicos sobre as dimensões da violência obstétrica e/ou institucional. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2019; 23:(e170915).
Marques SB. Violência obstétrica no Brasil: um conceito em construção para a garantia do direito integral à saúde das mulheres. Cad. Ibero Am Direito Sanit. 2020; 9i1.585:97-119.
Andrade GO. A narrativa audiovisual como recurso de conscientização para doação de medula óssea. Rev Iniciacom. 2019; 8(2).
Martins FL, Silva BO, Carvalho FLO, Costa DM, Paris LRP, Junior LRG. Violência obstétrica: uma expressão nova para um problema histórico. Rev Saúde em foco. 2019; 413-22.
Niculau DS, Feitoza CSV, Menezes MO. Reflexões sobre a violência obstétrica no brasil: aspectos culturais. Caderno de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde - UNIT - SERGIPE. 2021; 6(3):95.
Maia JS. A mulher diante da violência obstétrica: consequências psicossociais. Rev Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. 2018; 7(11):54-68.
Ramires JCL, Pessôa VLS. Pesquisas qualitativas: referências para pesquisa em geografia. In: Marafon GJ, Ramires JCL, Ribeiro MA, Pessôa VLS. Pesquisa qualitativa em geografia: reflexões teórico-conceituais e aplicadas. 2013; 22-35. Disponível em: <https://doi.org/10.7476/9788575114438.0003>.
Bardin L. Análise de conteúdo. SP: Casa das ideias. 2016. Disponível em: <https://madmunifacs.files.wordpress.com/2016/08/anc3a1lise-de-contec3bado-laurence-bardin.pdf>.
Sousa JC. Documentários científicos sobre o mundo natural no ensino de biologia. Ciência Educação (Bauru). 2020; 26:1-18.
Maia JS, Santos CEF, Grespan JF, Pereira IM, Bruno JNS. A percepção do puerpério atrás das grades. Glob Acad Nurs. 2021; 2(1):69.
Chauvet E. O renascimento do parto. Netflix Brasil, plataforma de streaming. 2013. Disponível em: <https://www.netflix.com/br/title/80995575>.
Zanardo GLP, Calderón M, Nadal AHR, Habigzang LF. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia Sociedade. 2017; 29:e155043:1-11.
Busnello GF. Tipos de violência no trabalho da enfermagem na estratégia saúde da família. Escola Anna Nery. 2021; 25(4):1-11.
Silva SSGT, Guzzo RSL. Escola, Família e Psicologia: Diferentes Sentidos da Violência no Ensino Fundamental. Psicologia Escolar e Educacional. 2019; 23:1-9.
Coelho EBS, Silva ACLG, Lindner SR, UNA-SUS. Violência por parceiro íntimo: definições e tipologias. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. 2018. Disponível em: <https://www.unasus.gov.br/cursos/curso/45088>.
Katz L. Who is afraid of obstetric violence? Rev Bras Saúde Materno Infantil. 2020; 20(2):623-626.
Palharini LA. Autonomia para quem? O discurso médico hegemônico sobre a violência obstétrica no Brasil. Cadernos Pagu. 2017; (49):1-47.
Silva EHB, Silva JND. Ações de enfermagem capazes de prevenir ou diminuir a violência obstétrica: revisão integrativa. Gep News. 2019; 2(2):589-598.
Guimarães LBE, Jonas E, Amaral LROG. Violência obstétrica em maternidades públicas do estado do Tocantins. Rev Estudos Feministas. 2018; 26(e43278).
Jardim DMB, Modena CM. Obstetric violence in the daily routine of care and its characteristics. Rev Latino Am Enferm. 2018; 26:1-12.
Carnaval CAC, Silva TH. A violência obstétrica e suas consequências para as mulheres. Rev Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação. 2021; 7(7): 850-83.
Dias S, Pacheco A. Marcas do parto: As consequências psicológicas da violência obstétrica. Rev Arquivos Científicos (IMMES). 2020; 3(1):04-13.
Paula E. Obstetric violence and the current obstetric model, in the perception of health managers. Texto Contexto Enferm. 2020; 29 (e20190248):1-14.
Publicado
- Visualizações 0
- pdf downloads: 0