Cenário simulado na atenção básica: consulta de enfermagem em hanseníase
DOI:
10.24276/rrecien2022.12.38.264-277Palavras-chave:
Hanseníase, Enfermagem, Treinamento por Simulação, Atenção Primária à SaúdeResumo
A detecção precoce da hanseníase é uma das principais estratégias de enfrentamento da doença. Objetivo: analisar o conteúdo de um cenário simulado em consulta de enfermagem no diagnóstico à pessoa com hanseníase na atenção básica. Método: estudo descritivo e qualitativo, desenvolvido em duas etapas: construção do cenário simulado; e análise de conteúdo por seis profissionais de saúde com experiência em Hanseníase, via questionário online entre fevereiro e maio de 2021. Utilizou-se a análise de conteúdo temático-categorial. Resultados: apresentou-se o cenário simulado e a possibilidade de seu uso no ensino em Hanseníase. Construiu-se duas categorias: "Características necessárias à construção do cenário simulado" e "Consulta de enfermagem à pessoa com Hanseníase". Conclusão: os passos percorridos para a construção do cenário e sua análise, trouxeram realismo e fidedignidade ao cenário. Trata-se de proposta inovadora no incentivo ao uso da simulação no campo da atenção básica voltada ao ensino da Hanseníase.
Descritores: Hanseníase, Enfermagem, Treinamento por Simulação, Atenção Primária à Saúde.
Simulated scenario in primary care: nursing consultation in leprosy
Abstract: Early detection of leprosy is one of the main coping strategies for the disease. Objective: to analyze the content of a simulated scenario in a nursing consultation in the diagnosis of people with leprosy in primary care. Method: descriptive and qualitative study, developed in two stages: construction of the simulated scenario; and content analysis by six health professionals with experience in leprosy, via an online questionnaire between February and May 2021. Thematic-category content analysis was used. Results: the simulated scenario and the possibility of its use in teaching in leprosy are presented. Two categories were constructed: "Necessary characteristics for the construction of the simulated scenario" and "Nursing consultation for people with leprosy". Conclusion: the steps taken to build the scenario and its analysis, brought realism and reliability to the scenario. This is an innovative proposal to encourage the use of simulation in the field of care aimed at teaching leprosy.
Descriptors: Leprosy, Nursing, Simulation Training, Primary Health Care.
Escenario simulado en atención primaria: consulta de enfermería en lepra
Resumen: La detección precoz de la lepra es una de las principales estrategias de afrontamiento de la enfermedad. Objetivo: Analizar el contenido de un escenario simulado en una consulta de enfermería en el diagnóstico de personas con lepra en atención primaria. Método: estudio descriptivo y cualitativo, desarrollado en dos etapas: construcción del escenario simulado; y análisis de contenido por seis profesionales de la salud con experiencia en lepra, a través de un cuestionario en línea entre febrero y mayo de 2021. Se utilizó el análisis de contenido por categorías temáticas. Resultados: se presenta el escenario simulado y la posibilidad de su uso en la enseñanza en lepra. Se construyeron dos categorías: "Características necesarias para la construcción del escenario simulado" y "Consulta de enfermería para personas con lepra". Conclusión: los pasos dados para construir el escenario y su análisis, aportaron realismo y confiabilidad al escenario. Se trata de una propuesta innovadora para incentivar el uso de la simulación en el ámbito asistencial orientado a la enseñanza de la lepra.
Descriptores: Lepra, Enfermería, Entrenamiento Simulado, Atención Primaria de Salud.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico da hanseníase. Número Especial. Brasília-DF. Jan. 2020.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Global leprosy update, 2018: moving towards a leprosy free world. Weekly Epidemiological Record, Genebra. 2019; 94:389-412.
Brasil. Decreto Nº 7.508, de 28 de Junho de 2011 (Regulamenta a Lei 8080/90). Regulamenta a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde ‐ SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa, e dá outras providências. DOU 29/06/2011. (Brasília, 2011). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/D7508.htm>. Acesso em 05 abr 2021.
Silva LSR, Silva TM, Rocha JT, Andrade WG, Lessa EC, Correia NS. A assistência de enfermagem aos portadores de hanseníase assistidos pelo programa de saúde da família. Rev Enferm UFPE online. 2016; 10(11):4111-4117.
Silva MCD, Paz EPA. Experiências de cuidado dos enfermeiros às pessoas com hanseníase: contribuições da hermenêutica. Acta Paul Enferm. 2017; 30(4):435-41.
Pinheiro JJG, Gomes SCS, Aquino DMC, Caldas AJM. Aptidões cognitivas e atitudinais do enfermeiro da atenção básica no controle da hanseníase. Salvador: Rev Baiana Enferm. 2017; 31(2):e17257.
Ribeiro MDA, Castillo IS, Silva JCA, Oliveira SB. A visão do profissional enfermeiro sobre o tratamento da hanseníase na atenção básica. Rev Bras Promoç Saúde. 2017; 30(2):221-228.
Palmeira IP, Moura JN, Epifane SG, Ferreira AMR, Boulhosa MF. Percepção de pacientes com hanseníase sobre suas necessidades humanas básicas alteradas: indícios para o autocuidado. Rev Fun Care Online. 2020; 12:319-325.
VIEIRA NF, Lanza FM, Martínez-Riera JR, Nolasco N, Lana FCF. Orientación de la atención primaria en las acciones contra la lepra: factores relacionados con los profesionales. Rev Diário Saúde. 2020; 34(2):120-126.
Freitas BHBM, Silva FB, Silva HCDS, Costa AMRF, Silva KF, Silva SEG. Oficina educativa com adolescentes sobre hanseníase: relato de experiência. Rev Bras Enferm. 2019; 72(5):1491-5.
Gomes NMC, Cunha AMS, Lima ABA, Tavares CM. Desenvolvimento das ações de um grupo de autocuidado em hanseníase como ferramenta de promoção da saúde. Rev APS. 2019; 22(2):468-478.
Coêlho LS, Albuquerque KR, Maia NMFS, Carvalho LRB, Almeida CAPL, Silva MP. Vivência do enfermeiro da atenção básica nas ações de controle da hanseníase. Rev Enferm UFPE online. 2015; 9(Supl. 10):1411-7.
Jerônimo IRL, Campos JF, Peixoto MAP, Brandão MAG. Uso da simulação clínica para aprimorar o raciocínio diagnóstico na enfermagem. Esc Anna Nery. 2018; 22(3):e20170442.
Barreto DG, Silva KGN, Moreira SSCR, Silva TS, Magro MCS. Simulação realística como estratégia de ensino para o curso de graduação em enfermagem: revisão integrativa. Rev Baiana Enferm. 2014; 28(2):208-214.
Ferreira RP, Guedes HM, Oliveira DWD, et al. Simulação realística como estratégia de ensino no aprendizado de estudantes da área da saúde. Rev Enferm Centro-Oeste Mineiro. 2018; 8:e2508.
Neves FF, Pazin-filho A. Construindo cenários de simulação: pérolas e armadilhas. Sci Med. 2018; 28(1):ID28579.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Guia prático sobre a hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde. 2017.
Brasil. Portaria Nº 3.125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da Hanseníase. DOU 07/10/2010. (Brasília, 2010). Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3125_07_10_2010.html>. Acesso em 23 mar 2021.
Corrêa VAF, Silva RF, Pereira JF. Isimula - Instrumento orientador para a simulação realística em saúde. Brasil: Portal educapes, 2021. Disponível em: <http://educapes.capes.gov.br/handle/capes/601279>. Acesso em 28 jul 2021.
International Nursing Association for Clinical Simulation and Learning (INACSL). INACSL Standards of Best Practice: Simulation SM simulation design. Clinical Simulation in Nursing. 2016; 12(5 Suppl):S5-S12.
Vinuto J. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temat. 2014; 22(44):203-220.
Oliveira DC. Análise de conteúdo temático-categorial: uma proposta de sistematização. Rio de Janeiro: Rev Enferm UERJ. 2008; 16(4):569-576.
Carneiro DF, Silva MMB, Pinheiro M, Palmeira IP, Matos EVM, Ferreira AMR. Itinerários terapêuticos em busca do diagnóstico e tratamento da hanseníase. Rev Baiana Enferm. 2017; 31(2):e17541.
Santana EMF, Brito KKG, Antas EMV, Andrade SSC, Diniz IV, Lima SM, Silva MA. Características sociodemográficas e clínicas da hanseníase: um estudo populacional. Enferm Brasil. 2018; 17(3):227-235.
Pires KL, Hammerle MB, Lima RB, Hammerle MB, Caetano MR, Araújo LF, et al. Polineuropatia desmielinizante como manifestação inicial isolada de hanseníase: relato de caso. Medicina (Ribeirão Preto). 2020; 53(1):73-79.
Santos KCB, Corrêa RGCF, Rolim ILTP, Pascoal LM, Ferreira AGN. Estratégias de controle e vigilância de contatos de hanseníase: revisão integrativa. Rio de Janeiro: Saúde Debate. 2019; 43(121):576-591.
Santos DA, Santos S, Ribeiro N, Goulart L, Mattos M, Ribeiro L, et al. Vigilância de contatos domiciliares de usuários com hanseníase menores de quinze anos em município hiperendêmico. Rev Enferm Atual In Derme. 2021; 95(34):e-021027.
Oliveira CM, Linhares MSC, Ximenes Neto FRG, Mendes IMVP, Kerr LRFS. Conhecimento e práticas dos agentes comunitários de saúde sobre hanseníase em um município hiperendêmico. Saúde Rev. 2018; 18(48):39-50.
Levantezi M, Shimizu HE, Garrafa V. Princípio da não discriminação e não estigmatização: reflexões sobre hanseníase. Rev Bioét. 2020; 28(1):17-23.
Lozano AW, Pinto Neto JM, Femina LL, Ramos RR, Nardi SMT, Paschoal VDA. Contatos intradomiciliares: aspectos epidemiológicos e sua importância para eliminação da hanseníase. São Paulo: Rev Recien. 2020; 10(32):11-23.
Publicado
- Visualizações 0
- pdf downloads: 0