Vivências e percepções de mulheres em situação de abortamento espontâneo em maternidade pública

Autores

  • Christiane dos Santos de Carvalho christiane.sc@hotmail.com
    Universidade Federal do Maranhão
  • Floriacy Stabnow Santos floriacys@gmail.com
    Universidade Federal do Maranhão
  • Laise Sousa Siqueira laisesousasiqueira@gmail.com
    Universidade Federal do Maranhão
  • Livia Fernanda Siqueira Santos livia-siqueira2011@hotmail.com
    Universidade Federal do Maranhão
  • Marcelino Santos Neto karlanatyara@hotmail.com
    Universidade Federal do Maranhão
  • Livia Maia Pascoal livia_mp@hotmail.com
    Universidade Federal do Maranhão

DOI:

10.24276/rrecien2021.11.36.490-497

Palavras-chave:

Abortamento, Saúde Reprodutiva, Humanização, Enfermagem

Resumo

Este estudo tem como objetivo expor as vivências e percepções de mulheres na experiência do abortamento espontâneo atendidas em uma maternidade pública de referência do nordeste brasileiro. Estudo descritivo-exploratório de natureza qualitativa, realizado em uma maternidade pública de Imperatriz - MA, nordeste do Brasil. A coleta, com 17 mulheres pós-abortamento espontâneo, ocorreu entre março e outubro de 2018. Os dados foram analisados pela Análise de Conteúdo. Das falas emergiram quatro categorias: A experiência do abortamento; Sentimentos envolvidos e a concretização da perda; Violência Obstétrica e suas múltiplas faces; Religiosidade e resiliência. Mulheres em situação de abortamento espontâneo enfrentaram dor física e psicológica, medo, tristeza e vivenciaram casos de violência obstétrica durante atendimento hospitalar. Ao seu favor, estas mulheres utilizaram a religião como estratégia para compreender e superar a experiência vivenciada. A mulher com perda gestacional necessita de acompanhamento pós-alta para orientação sobre seus direitos reprodutivos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Christiane dos Santos de Carvalho, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira. Residente em enfermagem obstétrica no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. São Luis, MA, Brasil.

Floriacy Stabnow Santos, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira. Doutora em Ciências. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil. Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil.

Laise Sousa Siqueira, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil.

Livia Fernanda Siqueira Santos, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Discente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil.

Marcelino Santos Neto, Universidade Federal do Maranhão

Farmacêutio bioquímico. Doutor em Ciências. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil. Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil.

Livia Maia Pascoal, Universidade Federal do Maranhão

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil. Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão. Imperatriz, MA, Brasil.

Referências

Machin R, Couto MT, Rocha ALS, Costa MRM. Formação médica e assistência aos processos de abortamento: a perspectiva de residentes de duas universidades públicas em São Paulo, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação. 2019; 23:1-15.

Batista R, Koch D, Bispo A, Luciano T, Velten AP. Descrição das internações por aborto no estado do Espírito Santo, Brasil. Rev Bras Pesq Saúde. 2016; 18(2):79-86.

Mattos SB, Ceretta LB, Maria Tereza Soratto MT. Causas relacionadas ao aborto espontâneo: uma revisão de literatura. RIES. 2016; 5(2):176-193.

Vieira S, Ferrari L. Investigação de alterações citogenéticas em abortos espontâneos: um retrospecto de 2006 a 2011. Cadernos Escola Saúde. 2017; 1(8):1-20.

Organização Pan Americana da Saúde (OPAS/OMS Brasil). Cerca de 25 milhões de abortos não seguros ocorrem a cada ano em todo o mundo. Brasil: OPAS. 2017. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5508:cerca-de-25-milhoes-de-abortos-nao-seguros-ocorrem-a-cada-ano-em-todo-o-mundo&Itemid=820>. Acesso em 20 nov 2019.

Araujo C, Dornelas A, Sousa A. Abordagem terapêutica no processo de esvaziamento uterino. Rev Baiana Enferm. 2018; 321-18.

Alves I, Freitas A, Abreu A, Coêlho M, Peres T. Abortamento espontâneo: vivencia e significado em psicologia hospitalar. Rev Científica Semana Acadêmica. 2017; 15:1-11.

Mendes RM, Miskulin RGS. A análise de conteúdo como uma metodologia. Cadernos Pesquisa. 2017; 47(165):1044-1066.

Brasil. Ministério da Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html>. Acesso em 3 mar 2020.

Alves TV, Bezerra MMM. Principais alterações fisiológicas e psicológicas durante o Período Gestacional. Rev Mult Psic. 2020; 14(49):114-126.

Pio DAM, Capel MS. Os significados do cuidado na gestação. Rev Psicol Saúde. 2015; 7(1):74-81.

Rodrigues CDS, Lopes AOS. A Gravidez não planejada de mulheres atendidas no pré-natal das unidades básicas de saúde. Rev Multidisciplinar Psicologia. 2016; 32(10):70-87.

Lemos LFS, Cunha ACB. Concepções sobre morte e luto: experiência feminina sobre a perda gestacional. Psicologia: Ciência Profissão. 2015; 35(4):1120-1138.

Pontes VV. Trajetórias interrompidas: perdas gestacionais, luto e reparação. Salvador: EDUFBA. 2016; 254.

Freitas APB, Abreu ACO, Coêlho MB, Peres TC. Abortamento espontâneo: vivência e significado em psicologia hospitalar. Rev Científica Semana Acadêmica. 2017; 1(105):1-11.

Lima LM, Gonçalves SS, Rodrigues DP, Araújo ASC, Correia AM, Viana APS. Cuidado humanizado às mulheres em situação de abortamento: uma análise reflexiva. Rev Enferm UFPE Online. 2017; 11(12):5074-5078.

Zanardo G, Uribe M, Nadal A, Habigzang L. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia Sociedade. 2017; 29:1-11.

Guimarães L, Evangelista J, Amaral L. Violência obstétrica em maternidades públicas do estado do Tocantins. Rev Estudos Feministas. 2018; 26(1):1-11.

Strefling IS, Lunardi Filho WD, Demori CC, Soares MC, Santos CP. Cuidado de enfermagem à mulher em situação de aborto: revisão integrativa. Rev Enferm UFSM. 2015; 5(1):169-177.

Brasil. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.068, de 21 de outubro de 2016. Institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada à mulher e ao recém-nascido no Alojamento Conjunto. Diário Oficial da União, Brasília. 2016. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html> Acesso em 30 jan 2019.

Madeiro AP, Rufino AC. Maus-tratos e discriminação na assistência ao aborto provocado: a percepção das mulheres em Teresina, Piauí, Brasil. Ciência Saúde Coletiva. 2017; 22(8):2771-2780.

Nery BLS, Cruz KCT, Faustino AM, Santos TCBS. Vulnerabilidades, depressão e religiosidade em idosos internados em uma unidade de emergência. Rev Gaúcha Enferm. 2018; 39:1-10.

Mosqueiro BP. Religiosidade, resiliência e depressão em pacientes internados. 2015. 111f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciencias Medicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2015. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/handle/10183/119442>. Acesso em 04 jul 2019.

Silva MA. Religião: poder do sagrado na existência humana. Rev Graduação Psicologia PUC Minas. 2017; 2(3):345-360.

Mattos SB, Ceretta LB, Ssoratto MT. Causas relacionadas ao aborto expontâneo: uma revisão de literatura. RIES. 2016; 5(2):176-193.

Publicado

22-12-2021
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

SANTOS DE CARVALHO, C. dos .; STABNOW SANTOS, F.; SIQUEIRA, L. S. .; SIQUEIRA SANTOS, L. F. .; SANTOS NETO, M.; PASCOAL, L. M. . Vivências e percepções de mulheres em situação de abortamento espontâneo em maternidade pública. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 11, n. 36, p. 490–497, 2021. DOI: 10.24276/rrecien2021.11.36.490-497. Disponível em: https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/532. Acesso em: 1 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos