Escore fisiológico agudo simplificado (SAPS) III como preditor de mortalidade em UTI: um estudo retrospectivo

Autores

  • Elisson Bezerra de Lima elisson4@hotmail.com
    Universidade de Pernambuco
  • Dário Celestino Sobral Filho dario.sobral@upe.br
    Universidade de Pernambuco
  • Michel Pompeu Barros de Oliveira Sá michel_pompeu@yahoo.com.br
    Universidade de Pernambuco

DOI:

10.24276/rrecien2021.11.36.382-389

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva, Cuidado Crítico, Predição

Resumo

A distribuição de leitos pelo Brasil respeita o limite mínimo considerado adequado, contudo, é rotineiro a falta de leitos, principalmente no SUS, exigindo maior eficiência desses setores. Nesse contexto criou-se escores de predição de mortalidade, dentre eles o SAPS. Trata-se de uma coorte retrospectiva, com dados dos pacientes admitidos em uma UTI geral. Para avaliar o SAPS III como preditor de mortalidade, foi calculado a TMP, Oddis ratio, curva ROC e teste de goodnes of fit. Observa-se que o escore subestimou a mortalidade, porém, possui correlação estatística com o desfecho óbito. Para diagnósticos admissionais de câncer, cirurgia torácica, hepatologia e sepse, os dados apontam má distinção entre sobreviventes e óbitos e, excetuando-se os diagnósticos de cirurgia digestiva e infectologia, ocorreu bom ajuste do modelo em estudo. O SAPS III demonstrou ser um bom preditor de mortalidade global, porém, quando avaliado por diagnósticos admissional, observou-se a possibilidade de fragilidades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elisson Bezerra de Lima , Universidade de Pernambuco

Mestre pela Universidade de Pernambuco.

Dário Celestino Sobral Filho, Universidade de Pernambuco

Professor Doutor na Universidade de Pernambuco.

Michel Pompeu Barros de Oliveira Sá, Universidade de Pernambuco

Professor Doutor na Universidade de Pernambuco.

Referências

Rapsang AG, Shyam DC. Scoring systems in the intensive care unit: A compendium. Vol. 18, Indian Journal of Critical Care Medicine. Medknow Publications; 2014; 220-8.

Kelly FE, Fong K, Hirsch N, Nolan JP. Intensive care medicine is 60 years old: The history and future of the intensive care unit. Clinical Medicine, Journal of the Royal College of Physicians of London. 2014; 14(4):376-9.

Novaretti MCZ, Quitério LM, Santos EV dos. Gestão em unidades de terapia intensiva brasileiras: estudo bibliométrico dos últimos 10 anos. RAHIS. 2015; 12(4):16-33.

Timóteo PAD, Moura FA de P, Viana FCV, Souza JH, Herculano MAS, Sousa SCC. Evaluation of Predictive Indexes of Mortality of Patients Admitted in the Unit of Intensive Therapy. Journal of Medicine and Health Promotion. 2018; 3(1):935-45.

AMIB. AMIB apresenta dados atualizados sobre leitos de UTI no Brasil. 2020. Disponível em: <https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2020/abril/28/dados_uti_amib.pdf>.

Leão FG de A, Marques IDB, Mello PMB de C. Validação do índice prognóstico SAPS 3 em pacientes internados na UTI de um hospital terciário de Teresina (PI). Jornal Ciências Saúde - JCS HU-UFPI. 2018; 1(3):9-19.

Martha VF, Garcia CPR, Piva JP, Einloft PR, Bruno F, Rampon V. Comparison of two prognostic scores (PRISM and PIM) at a pediatric intensive care unit. 2005.

Moreno RP. Outcome prediction in intensive care: Why we need to reinvent the wheel. Current Opinion in Critical Care. 2008; 14(5):483-4.

Soares M, Salluh JIF. Validation of the SAPS 3 admission prognostic model in patients with cancer in need of intensive care. Intensive Care Medicine. 2006; 32(11):1839-44.

Alves CJ, Franco GPP, Nakata CT, Costa GLG, Costa GLG, Genaro MS, et al. Avaliação de índices prognósticos para pacientes idosos admitidos em unidades de terapia intensiva. Rev Bras Ter Intensiva. 2009; 21(1):1-8.

Dias AT, Matta PO, Nunes WA. Índices de gravidade em unidade de terapia intensiva adulto: avaliação clínica e trabalho da enfermagem. Rev Bras Terapia Intensiva. 2006; 18(3):276-81.

Rocha ST, Pizzol DF, Ritter C, Fraga CM, Tamiozo DC, Ricci VHP. Desempenho do escore SAPS II em uma unidade de terapia intensiva. Arq Catarinenses Medicina. 2012; 41(4):26-31.

Moralez GM, Rabello LSCF, Lisboa TC, Lima MFA, Hatum RM, Marco FVC, et al. External validation of SAPS 3 and MPM0-III scores in 48,816 patients from 72 Brazilian ICUs. Annals of Intensive Care. 2017; 7(1).

Falcão ALE, Barros AG de A, Bezerra AAM, Ferreira NL, Logato CM, Silva FP, et al. The prognostic accuracy evaluation of SAPS 3, SOFA and APACHE II scores for mortality prediction in the surgical ICU: an external validation study and decision-making analysis. Annals of Intensive Care. 2019; 9(1).

Haniffa R, Isaam I, de Silva AP, Dondorp AM, de Keizer NF. Performance of critical care prognostic scoring systems in low and middle-income countries: a systematic review. Critical Care. 2018; 22(1).

Alves CJ, Franco GPP, Nakata CT, Costa GLG, Costa GLG, Genaro MS, et al. Avaliação de índices prognósticos para pacientes idosos admitidos em unidades de terapia intensiva. Rev Bras Terapia Intensiva. 2009; 21(1):1-8.

Bueno HL, Biatto JFP. Epidemiologia e validação de escore prognóstico em UTI mista do Norte do Paraná. Uningá Review Journal. 2015; 22(3):23-9.

Maccariello ER, Valente C, Nogueira L, Ismael M, Valença RVR, Machado JES, et al. Desempenho de seis modelos de predição prognóstica em pacientes críticos que receberam suporte renal extracorpóreo. Rev Bras Terapia Intensiva. 2008; 20(2):115-23.

Silva Junior JM, Malbouisson LMS, Nuevo HL, Barbosa LGT, Marubayashi LY, Teixeira IC, et al. Aplicabilidade do escore fisiológico agudo simplificado (SAPS 3) em hospitais brasileiros. Rev Bras Anestesiologia. 2010; 60(1):20-31.

Ledoux D, Canivet JL, Preiser JC, Lefrancq J, Damas P. SAPS 3 admission score: An external validation in a general intensive care population. Intensive Care Medicine. 2008; 34(10):1873-7.

Moreno RP. Outcome prediction in intensive care: Why we need to reinvent the wheel. Current Opinion in Critical Care. 2008; 14(5):483-4.

Soares M, Salluh JIF. Validation of the SAPS 3 admission prognostic model in patients with cancer in need of intensive care. Intensive Care Medicine. 2006; 32(11):1839-44.

Assis LGR, Neto CSN, Santos GS, Santos AW, Barros JF, Mendes TS, et al. Avaliação da mortalidade de uma UTI de Sergipe segundo escore fisiológico agudo simplificado (SAPS 3). Journal of epidemiology and infection control. 2020; 10(1):59-65.

Moralez GM, Rabello LSCF, Lisboa TC, Lima MFA, Hatum RM, Marco FVC, et al. External validation of SAPS 3 and MPM0-III scores in 48,816 patients from 72 Brazilian ICUs. Annals of Intensive Care. 2017; 7(1).

Neto AS, Assunção MSC, Pardini A, Silva E. Viabilidade da transição do APACHE II para o SAPS III como modelo prognóstico em uma unidade de terapia intensiva geral no Brasil. Um estudo retrospectivo. Sao Paulo Medical Journal. 2015; 133(3):199-205.

Publicado

22-12-2021
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

BEZERRA DE LIMA , E. .; SOBRAL FILHO, D. C. .; BARROS DE OLIVEIRA SÁ, M. P. . Escore fisiológico agudo simplificado (SAPS) III como preditor de mortalidade em UTI: um estudo retrospectivo. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 11, n. 36, p. 382–389, 2021. DOI: 10.24276/rrecien2021.11.36.382-389. Disponível em: https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/522. Acesso em: 1 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos