“Enfrentei tudo sozinha” cuidado de adolescentes com necessidades especiais
DOI:
10.24276/rrecien2021.11.36.102-111Palavras-chave:
Família, Mãe, Saúde do Adolescente, EnfermagemResumo
Objetiva-se compreender o cotidiano de cuidadores familiares de adolescentes com necessidades especiais de saúde atendidos em ambulatório de especialidades. Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva desenvolvida no ambulatório referência no atendimento de adolescentes. Utilizou-se a leitura prévia de prontuários, associada a entrevista semiestruturada com 35 cuidadores familiares, transcritas e submetidas à análise de discurso Pecheutiana. Evidenciou-se o cuidado essencialmente feminino, algumas vezes compartilhado com outros membros da família. As estratégias de cuidado são consolidadas na busca por informações, na procura de auxílio nos serviços de saúde, no desenvolvimento de procedimentos. A sobrecarga materna foi evidenciada, o cotidiano de cuidados é permeado por estratégias construídas com o tempo por meio do saber da experiência feita. Sugere-se que o enfermeiro desenvolva uma abordagem ampliada sobre a rede que ampara e acolhe os adolescentes e sua família. O cuidado deve ser compartilhado por meio da troca de saberes, reflexão, dialogicidade e vínculo.
Downloads
Referências
Keim-Malpass J, Letzkus LC, Kennedy C. Health literacy and the Affordable Care Act: a policy analysis for children with special health care needs in the USA. Risk Management and Healthcare Policy. 2015; 8(9):31-6.
Oddy M, Ramos SS. Cost effective ways of facilitating home based rehabilitation and support. Neuro Rehabilitation. 2013; 32(4):781-90.
Caicedo C. Families With Special Needs Children: Family Health, Functioning, and Care Burden. Journal of the American Psychiatric Nurses Association. 2014; 20(6):398-407.
Cohen E, Berry JG, Sanders L, Schor EL, Wise PH. Status complexicus? The emergence of pediatric complex care. Pediatrics. 2018; 141(Suppl3):S202-S211.
Cabral IE, Moraes JRMM. Family caregivers articulating the social network of a child with special health care needs. Rev Bras Enferm. 2015; 68(6):769-76.
Esteves JS, Silva LF, Conceição DS, Paiva ED. Families’ concerns about the care of children with technology-dependent special health care needs. Investir Educ Enferm. 2015; 33(3):547-55.
Góes FGB, Cabral IE. Discourses on discharge care for children with special healthcare needs. Rev Bras Enferm. 2017; 70(1):163-71.
Perkins J, Agrawal R. Protecting rights of children with medical complexity in an era of spending reduction. Pediatrics. 2018; 141(Suppl 3):S242-S249.
Minnaert J, Kenney MK, Ghandour R, Koplitz M, Silcott S. CSHCN with hearing difficulties: disparities in access and quality of care. Disabil Health J. 2020; 13(1):100798.
Silveira A, Neves ET. Daily care of adolescents with special health care needs. Acta Paul Enferm. 2019; 32(3):327-33.
Vicente JB, Higarashi IH, Furtado MCDC. Mental disorder in childhood: family structure and their social relations. Esc Anna Nery. 2015; 19(1):107-114.
Sales F. A influência familiar no desenvolvimento das pessoas com deficiência. Rev Eletr Ciências Educ. 2017; 16(1-2).
Azevedo PAC, Modesto CMS. The (re)organization of the family care center after facing the impact of the chronic situation of cardiovascular disease. Saúde Debate. 2016; 40(110):183-94.
Dantas KO, Neves RF, Ribeiro KSQS, Brito GEG, Batista MC. Repercussions on the family from the birth and care of children with multiple disabilities: a qualitative meta-synthesis. Cad Saúde Pública. 2019; 35(6):e00157918.
Dias BC, Ichisato SMT, Marchetti MA, Neves ET, Higarashi IH, Marcon SS. Challenges of family caregivers of children with special needs of multiple, complex and continuing care at home. Esc Anna Nery. 2019; 23(1):e20180127.
Arrué AM, Neves ET, Magnago TSBS, Cabral IE, Gama SGN, Hökerberg YHM. Translation and adaptation of the Children with Special Health Care Needs Screener to Brazilian Portuguese. Cad Saúde Pública. 2016; 32(6):e00130215.
Brasil. Estatuto da Criança e Adolescente. São Paulo: Cortez. 1990.
Moreira H, Caleffe LG. Metodologia científica para o professor pesquisador. 2. ed. Rio de Janeiro: Lamparina. 2008.
Orlandi EP. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. 12. ed. Campinas: Pontes Editores. 2015.
Collière MF. Promover a vida: da prática das mulheres de virtude aos cuidados de enfermagem. Lisboa: Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. 1989.
Whitmore KE, Snethen J. Respite care services for children with special healthcare needs: parental perceptions. J Spec Pediatr Nurs. 2018; 23(3):e12217.
Soares AMM, Carvalho MEP. Ser mãe de pessoa com deficiência: do isolamento à participação social. Anais do Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s Worlds Congress. 2017. 1-15; Florianópolis (SC), Brasil.
Badinter E. O conflito: a mulher e a mãe. Rio de Janeiro: Record. 2011.
Garip Y, Ozel S, Tuncer OB, Kilinc G, Seckin F, Arasil T. Fatigue in the mothers of children with cerebral palsy. Disabil Rehabil. 2017; 39(8):757-62.
Zhou W, Liu D, Xiong X, Xu H. Emotional problems in mothers of autistic children and their correlation with socioeconomic status and the children's core symptoms. Medicine (Baltimore). 2019; 98(32):e16794.
Albayrak I, Biber A, Çalışkan A, Levendoglu F. Assessment of pain, care burden, depression level, sleep quality, fatigue and quality of life in the mothers of children with cerebral palsy. J Child Health Care. 2019; 23(3):483-94.
Neves ET, Silveira A, Arrué AM, Pieszak GM, Zamberlan KC, Santos RP. Network of care of children with special health care needs. Texto Contexto Enferm. 2015; 24(2):399-406.
Valdez RS, Lunsford C, Bae J, Letzkus LC, Keim-Malpass J. Self-management characterization for families of children with medical complexity and their social networks: protocol for a qualitative assessment. JMIR Res Protoc. 2020; 9(1):e14810.
Santos E, Ribeiro A, Langendorf T, Paula C, Padoin S. Young people’s experiences in antiretroviral therapy for HIV: a phenomenological study. Av Enferm. 2019; 37(3):323-32.
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0