Repercussões físicas e psicológicas na vida de mulheres que sofreram violência obstétrica

Autores

  • Brenda Freitas Pontes brendafreitaspontes@id.uff.br
    Universidade Federal Fluminense
  • Jane Baptista Quitete janequitete@gmail.com
    Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Daniela Matos de Oliveira daniella-oliver@hotmail.com
    Universidade Federal Fluminense
  • Maithê de Carvalho e Lemos Goulart maithegoulart@gmail.com
    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Isabel Cristina Ribeiro Regazzi violetafloral@hotmail.com
    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • Virgínia Maria de Azevedo Oliveira Knupp virgulaknupp@yahoo.com.br
    Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

10.24276/rrecien2021.11.35.443-450

Palavras-chave:

Violência Contra a Mulher, Parto, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Enfermagem Obstétrica

Resumo

Descrever as repercussões da violência obstétrica na vida de mulheres que pariram em uma maternidade pública do município de Rio das Ostras/RJ. Pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, realizada em 2016, com oito mulheres que pariram em uma maternidade pública do município de Rio das Ostras/RJ. Utilizou-se entrevista semiestruturada, tendo como pergunta norteadora: “Fale-me como foi seu trabalho de parto e o seu parto e quais as repercussões deste na sua vida?”. Os depoimentos foram tratados por análise de conteúdo. O parto vivido pelas participantes foi repleto de violência obstétrica, configurando duas categorias temáticas: repercussões físicas e psicológicas. As repercussões físicas foram a incontinência urinária e dificuldade no retorno a vida sexual. As repercussões psicológicas foram estresse pós-traumático, dificuldades na relação mãe e filho e formação do vínculo materno, dificuldades na amamentação. Evidencia-se a necessidade de qualificar os profissionais de saúde que assistem mulheres durante o parto, com subsídios das evidências científicas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Brenda Freitas Pontes, Universidade Federal Fluminense

 Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense - Campus Universitário de Rio das Ostras. Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Jane Baptista Quitete , Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Enfermeira Obstétrica, graduada em Enfermagem pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com Habilitação em Enfermagem Obstétrica pela UERJ.  Especialista em Enfermagem da Mulher e Obstetrícia Social pela UERJ, Mestre em Enfermagem, Saúde e Sociedade pela UERJ. Doutora em Enfermagem pela UERJ.

Daniela Matos de Oliveira, Universidade Federal Fluminense

 Enfermeira Obstétrica, graduada em Enfermagem pela Universidade Federal Fluminense - UFF/ Campus Rio das Ostras. Enfermeiro de Família e Atenção Domiciliar do Secretaria Municipal de Saúde de Piraí, Brasil.

Maithê de Carvalho e Lemos Goulart , Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Enfermeira, Enfermeira, graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Enfermagem pela UFRJ, Doutora em Enfermagem e Biociências pela UFRJ.

Isabel Cristina Ribeiro Regazzi , Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), graduação em Medicina pela Universidade do Grande Rio) e mestre em Enfermagem em Saúde Pública pela Universidade do Rio de Janeiro. Especialização em Medicina do Tráfego pela UNIRIO/HUGG. Especialização em Homeopatia pela UNIRIO e Especialização em Acupuntura pela UFF. Especialização em Dor e Cuidados Paliativos pela UFRJ - HUCFF. Auriculomedicina Francesa pelo IMBA - MG. Doutora em Ciências pela UNIRIO.

Virgínia Maria de Azevedo Oliveira Knupp , Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Doutora em Ciências pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre em Enfermagem pela UNIRIO em 2010. Especialista em Avaliação em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz. Graduação em Enfermagem pela UNIRIO.

Referências

Diniz, SG et al. Abuse and disrespect in childbirth care as a public health issue in Brazil: origins, definitions, impacts on maternal health, and proposals for its prevention. Journal of Human Growth and Development. 2015; 25(3):377-384.

Jardim DMB, Modena CM. A violência obstétrica no cotidiano assistencial e suas características. Rev Latino Am Enferm. 2018; 26:3069.

Telo SV, Witt RR. Saúde sexual e reprodutiva: competências da equipe na Atenção Primária à Saúde. Ciênc Saúde Coletiva. 2018; 23(11):3481-3490.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26). Brasília: Ministério da Saúde. 2010; 300.

Ministério da Saúde. Direitos sexuais e reprodutivos: uma prioridade do governo. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/p ublicacoes/cartilha_direitos_sexuais_reprodutivos.pdf>. Acesso em: 04 de nov. 2017.

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva/Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. (Cadernos de Atenção Básica, n. 26). Brasília: Ministério da Saúde. 2010; 300.

Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher. Princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde. 2007.

Nascimento LC, et al. Relato de puérperas acerca da violência obstétrica nos serviços públicos. Rev Enferm UFPE online. 2017; 11(5):2014-23.

Rodrigues, DP, et al. A violência obstétrica no contexto do parto e nascimento. Rev Enferm UFPE Online. 2018; 12(1):236-46.

Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Diretrizes nacionais de assistência ao parto normal: versão resumida. Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde. 2017.

Moura RCM, et al. Cuidados de enfermagem na prevenção da violência obstétrica. Enferm Foco. 2018; 9(4):60-65.

Silva FLS, Siqueira AL, Leite CDB. Reflexões sobre as agressões causadas ao psicológico materno pela violência obstétrica: um estudo de revisão integrativa. Rev Uningá. 2019; 56(1)159-171.

Zorzam B. Direito das mulheres no parto: conversando com profissionais da saúde e do direito / Bianca Zorzam, Priscila Cavalcanti. 1. ed. São Paulo: Coletivo Feminista de Sexualidade e Saúde. 2016.

Goodman LA. Snowball Sampling. Ann. Math. Statist. 1961; 32(1):148-70.

Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2011. Bardin L. Análise de conteúdo. Tradução de Luis Antero Reto e Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70/Livraria Martins Fontes. 1979.

Zanardo, GLP et al. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & Sociedade. 2017; 29(155043).

Fiocruz. Nascer no Brasil. Brasília (DF) 2014. Disponível em: <http://www.ensp.fiocruz.br/port alensp/informe/site/arquivos/anexos/nascerweb.pdf>. Acesso em 21 jun 2019.

Alves AMA, Cirqueira RP. Sintomas do vaginismo em mulheres submetidas à episiotomia. Rev Mult. 2019; 13(43)329-339.

Carvalho IS, Brito RS. Formas de violência obstétrica vivenciadas por puérperas que tiveram parto normal. Rev Enfermería. 2017; 16(47):71-97.

Mccalman J, et al. Empowering families by engaging and relating Murri way: a grounded theory study of the implementation of the Cape York Baby Basket program. BMC Pregnancy and Childbirth. 2015; 15(119)1-13.

Odent M. O renascimento do parto. Tradução de Roland B. Calheiros. Florianópolis (SC): Saint-Germain. 2002.

Silva FM, Silva ML, Araújo FNP. Sentimentos causados pela violência obstétrica em mulheres de Município do Nordeste Brasileiro. Rev Pre Infec Saúde. 2017; 3(4):25-34.

Maia JS, et al. A mulher diante da violência obstétrica: consequências psicossociais. Rev Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. 2018; 11, 07(11).

Safe prevention of the primary cesarean deliveryObstetric Care Consensus No. 1.American College of Obstetricians and Gynecologists. Obstet Gynecol. 2014; 123:693–711.

Rezende J. Montenegro CAB. Obstetrícia. 13a edição. Guanabara Koogan. 2016

Publicado

23-11-2021
Métricas
  • Visualizações 0
  • PDF downloads: 0

Como Citar

FREITAS PONTES, B. .; BAPTISTA QUITETE , J.; MATOS DE OLIVEIRA, D. .; LEMOS GOULART , M. de C. e .; RIBEIRO REGAZZI , I. C. .; AZEVEDO OLIVEIRA KNUPP , V. M. de . Repercussões físicas e psicológicas na vida de mulheres que sofreram violência obstétrica. Revista Recien - Revista Científica de Enfermagem, [S. l.], v. 11, n. 35, p. 443–450, 2021. DOI: 10.24276/rrecien2021.11.35.443-450. Disponível em: https://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/472. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos