Estigma e preconceito com casais sorodiferentes para o HIV
DOI:
10.24276/rrecien2021.11.34.59-67Palavras-chave:
Vírus da Imunodeficiência Humana, Preconceito, Estigma Social, Serviços de SaúdeResumo
O objetivo consiste em identificar o estigma e preconceito vivenciado por casais sorodiferentes para o vírus da imunodeficiência humana. Estudo descritivo, exploratório com abordagem qualitativa e submetido a análise de conteúdo temática, em que se utilizou de uma entrevista semiestruturada, em janeiro a fevereiro de 2016, com 11 participantes, acompanhados em um serviço de atenção especializada em infecções sexualmente transmissíveis, vivendo relação afetivo/sexual com parceiro sorodiferente. A análise temática, originou duas categorias temáticas: - os cenários do preconceito na sorodiferença e, o sigilo do diagnóstico na proteção contra o estigma. Os parceiros envolvidos com a sorodiferença, ainda vivenciam no âmbito dos relacionamentos, o preconceito e estigma, envolvendo tanto familiares, quanto profissionais dos serviços de saúde. Percebe-se que as dificuldades vivenciadas, não se configuram como dilemas ultrapassados no combate a problemática do vírus, daí ser preciso urgentemente a ampliação dos espaços sociais ou fóruns de discussões sobre a problemática.
Downloads
Referências
Coutinho MFC, O'Dwyer G, Frossard V. Tratamento antirretroviral: adesão e a influência da depressão em usuários com HIV/AIDS atendidos na atenção primária. Saúde Debate. 2018; 42(116):148-61.
Hipolito RL, Oliveira DC, Costa TL, Marques SC, Pereira ER, Gomes AMT. Quality of life of people living with HIV/AIDS: temporal, socio-demographic and perceived health relationship. Rev Latino Am Enferm. 2017; 25:e2874.
Menezes AMF, Almeida KT, Nascimento AKA, Dias GCM, Nascimento JC. Perfil epidemiológico das pessoas soropositivas para HIV/AIDS. Rev Enferm UFPE Online. 2018; 12(5):1225-32.
Grangeiro A, Ferraz D, Calazans G, Zucchi EM, Díaz-Bermúdez XP. O efeito dos métodos preventivos na redução do risco de infecção pelo HIV nas relações sexuais e seu potencial impacto em âmbito populacional: uma revisão da literatura. Rev Bras Epidemiol. 2015; 18(Suppl.1):43-62.
Silva LAV, Duarte FM, Lima M. Modelo matemático pra uma coisa que não é matemática: narrativas de médicos/as infectologistas sobre carga viral indetectável e intransmissibilidade do HIV. Physis: Rev Saúde Coletiva. 2020; 30(1):e300105.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. NOTA INFORMATIVA Nº 5/2019 - DIAHV/SVS/MS. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/legislacao/nota-informativa-no-52019-diahvsvsms>. Acesso em 29 set 2020.
Souza Neto VL; Silva BCO; Rodrigues IDCV, Costa CS, Mendonça AEO, Negreiros RV. Sorodiscordância na atenção às pessoas com HIV/AIDS: implicações para o enfermeiro. Rev Pesqui. (Univ. Fed. Estado Rio J., Online). 2016; 8(4):5184-92.
Fernandes NM, Hennington EA, Bernardes JS, Grinsztejn BG. Vulnerabilidade à infecção do HIV entre casais sorodiscordantes no Rio de Janeiro, Brasil. Cad Saúde Pública. 2017; 33(4):e00053415.
Albuquerque JR, Batista ATB, Saldanha AAW. O fenômeno do preconceito nos relacionamentos sorodiferentes para o HIV/AIDS. Psicol Saúde Doenças. 2018; 19(2):405-21.
Florom-Smith AL, De Santis JP. Exploring the Concept of HIV-Related Stigma. Nurs Forum. 2012; 47:153-65.
Said AP, Seidl EMF. Serodiscordance and prevention of HIV: perceptions of individuals in stable and non-stable relationships. Interface (Botucatu). 2015; 19(54):467-78.
Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 13. ed. São Paulo: Hucitec. 2013.
Bazzi AR, Leech AA, Biancarelli DL, Sullivan M, Drainoni ML. Experiences Using Pre-Exposure Prophylaxis for Safer Conception Among HIV Serodiscordant Heterosexual Couples in the United States. AIDS Patient Care STDS. 2017; 31(8):348-55.
Jesus GJ, Oliveira LB, Caliari JS, Queiroz AAFL, Gir E, Reis RK. Dificuldades do viver com HIV/Aids: Entraves na qualidade de vida. Acta Paul Enferm. 2017; 30(3):301-07.
Siegel K, Meunier E, Lekas HM. The experience and management of HIV stigma among HIV-negative adults in heterosexual serodiscordant relationships in New York City. AIDS Care. 2018; 30(7):871-78.
Martins AA, Honorato EJS, Silva TA, Lemos SM, Ferreira DS, Reis MG. Percepções de graduandos em saúde sobre relacionamentos sorodiscordantes para o HIV/AIDS. Saúde Redes. 2018; 4(2):71-84.
Silva FMV, Senna SMM, Linhares FMP, Abrão FMS, Guedes TG. O ser – com-o-outro na condição sorodiscordante: uma abordagem fenomenológica da vulnerabilidade individual ao HIV. Rev Eletr Enferm. 2018; 20:v20a07.
Silva AM, Camargo Junior KR. A invisibilidade da sorodiscordância na atenção às pessoas com HIV/AIDS. Ciên Saúde Colet. 2011; 16(12):4865-74.
Kim J, Nanfuka M, Moore D, Shafic M, Nyonyitono M, Birungi J, et al. People say that we are already dead much as we can still walk': a qualitative investigation of community and couples' understanding of HIV serodiscordance in rural Uganda. BMC Infect Dis. 2016; 16(665).
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0