Internações por condições sensíveis à atenção primária decorrentes das doenças cardiovasculares
DOI:
10.24276/rrecien2021.11.33.222-232Palavras-chave:
Doenças Cardiovasculares, Atenção Primária à Saúde, Hospitalização, Qualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à SaúdeResumo
Objetivou-se identificar as principais internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária decorrente de Doença Cardiovascular em hospital público universitário. Estudo transversal, descritivo com dados secundários de internações ocorridas de agosto a dezembro de 2017. Das 1266 internações por Causa Sensível à Atenção Primária, as doenças cardiovasculares emergem com maior percentual (49,38%) dos diagnósticos, sendo as quatro principais causas que mais contribuíram para o total de internações: Infarto agudo do miocárdio não especificado (19,92%), Hipertensão essencial (primária) (10,37%), Angina instável (9,96%) e Insuficiência cardíaca (9,13%). Identificou-se predomínio em homens (55,92%), maiores de 60 anos (67,28%), com baixa escolaridade (24,17%), em sua maioria aposentados, casados (58,76%) e católicos. Os achados proporcionaram uma análise que aponta para a necessidade de qualificação dos serviços e dos sistemas de saúde, com ênfase nos territórios locais, considerando sua responsabilização para o desenvolvimento de ações e serviços no âmbito da Atenção Primária.
Downloads
Referências
Ribeiro AL, Duncan BB, Brant LC, Lotufo PA, Mill JG, Barreto SM. Cardiovascular Health in Brazil: Trends and perspectives. Circulation. 2016; 133 (4):422-433.
United Nations. Transforming our World: The 2030 Agenda for Sustainable Development. New York: United Nations. 2015. Disponível em: <https://www.bond.org.uk/resources/transforming-our-world-the-2030-agenda-for-sustainable-development>.
Malachias MVB, Póvoa RMS, Nogueira AR, Souza D, Costa LS, Magalhães ME. 7th Brazilian Guideline of Arterial Hypertension. Arq Bras Cardiol. 2016; 107(Suppl 3):14-17.
Guedes RF, Melo TE, Lima AP, Guimarães ALA, Moreira NBB, Garcia PG. Análise do perfil lipídico e dos fatores de risco associados a doenças cardiovasculares em acadêmicos da área da saúde de Juiz de Fora. HU Revista. 2016; 2(42):159-164.
Mansur AP, Favarato D. Trends in Mortality Rate from Cardiovascular Disease in Brazil, 1980-2012. Arq Bras Cardiol. 2016.
Simões EJ, Bouras A, Cortez-Escalante JJ, Malta DC, Porto DL, Mokdad AH, et al. A priority health index identifies the top six priority risk and related factors for non-communicable diseases in Brazilian cities. BMC Public Health. 2015; 15(1).
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 221, de 17 de abril de 2008. Publica, na forma do anexo desta portaria, a lista brasileira de internações por condições sensíveis à atenção primária. 2008. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2008/prt0221_17_04_2008.html>.
Alfradique ME, Bonolo PDF, Dourado I, Lima-Costa MF, Macinko J, Mendonça CS, et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP - Brasil). Cad Saúde Pública. 2009; 25(6):1337.
Homar JC, Matutano CC. La evaluación de la atención primaria y las hospitalizaciones por ambulatory care sensitive conditions. Marco conceptual Aten Primária. 2003; 31:61-5.
Pereira FJR, Silva CC da, Lima Neto EA. Perfil das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária subsidiando ações de saúde nas regiões brasileiras. Saúde Debate. 2015; 39(107):1008-1017.
Lentsck MH, Latorre MRDO, Mathias TAF. Tendência das internações por doenças cardiovasculares sensíveis à atenção primária. Rev Bras Epidemiol. 2015; 18(2):372-384.
Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 3.925, de 13 de novembro de 1998. Aprova o Manual para Organização da Atenção Básica no Sistema Único de Saúde, constante do Anexo I desta portaria, contendo indicadores para acompanhamento da Atenção Básica em 1999 nos municípios habilitados conforme a NOB-SUS 01/96. 2008. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt3925_13_11_1998_rep.html>.
Ministério da Saúde (BR). Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores: 2013 - 2015. Departamento de Articulação Interfederativa. Brasília: Ministério da Saúde. 2013. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_diretrizes_objetivos_2013_2015.pdf>.
Morimoto T, Costa JSD. Internações por condições sensíveis à atenção primária, gastos com saúde e Estratégia Saúde da Família: uma análise de tendência. Ciência Saúde Coletiva. 2017; 22(3):891-900.
Santos VCFD, Kalsing A, Ruiz ENF, Roese A, Gerhardt TE. Perfil das internações por doenças crônicas não-transmissíveis sensíveis à atenção primária em idosos da metade sul do RS. Rev Gaúcha Enferm. 2013; 34(3):124-131.
Cardoso CS, Pádua CM, Rodrigues-Júnior AA, Guimarães DA, Carvalho SF, Valentin RF, et al. Contribuição das internações por condições sensíveis à atenção primária no perfil das admissões pelo sistema público de saúde. Rev Panamericana Salud Publica. 2013; 34(4):227-234.
Martins JAF, Franco SC. Condições cardiológicas sensíveis à atenção primária em serviço terciário de saúde: apenas a ponta do iceberg. Saúde em Debate. 2013; 37(98):388-399.
Junior EPP, Aquino R, Medina MG, Silva MGC. Efeito da estratégia saúde da família nas internações por condições sensíveis à atenção primária em menores de um ano na Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2018; 34(2):e00133816.
Sousa NP, Rehem TCMSB, Santos WS, Santos CE. Internações sensíveis à atenção primária à saúde em hospital regional do Distrito Federal. Rev Bras Enferm. 2016; 69(1):118-125.
Pereira MHB, Sousa AI, Zils Costa AA, Souza MHN, Costa Leite FM. Family Health Strategy in the Municipality of Rio de Janeiro: Cardiovascular Conditions Coverage and Hospitalization Evaluation. Rev Pesq: Cuidado Fundam Online. 2018; 10(3):605-611.
Mello JM, Borges PKO, Muller EV, Grden CRB, Pinheiro FK, Borges WS. Hospitalizations for ambulatory care sensitive noncommunicable diseases of the circulatory system. Texto Contexto Enferm. 2017; 26(1).
Mathias ALR, Rocha EFC, Silva LA, Fedalto CZP, Silva AP. Percepção do enfermeiro frente ao paciente com suspeita de infarto agudo do miocárdio. São Paulo: Rev Recien. 2020; 10(30):38-44.
Publicado
- Visualizações 0
- PDF downloads: 0